É a política

A um mês de eleições legislativas pouco, para não dizer nada, se conhece sobre as propostas dos principais partidos principalmente daqueles que têm por objectivo primeiro a governação do País.
Desde que o País sabe que tem de ir a eleições, os órgãos de comunicação social tem-nos presenteado com um conjunto de fait-diver ou de uma excessiva atenção á troika, que não nos deixam chegar ao essencial.
O Futebol também tem dado uma ajuda ao desviar os nosso olhares na procura de sucessos que nos coloquem nos lugares cimeiros das tabelas internacionais. É a expectativa de pela primeira vez na história duas equipas portuguesas estarem na final da Liga Europa, é o FC Porto a virar o resultado na Taça de Portugal, é o inimitável Mourinhos…etc.
Ou então são almoços, pouco (ou não) prováveis, de apoio a este e àquele candidato que são uma total (suposta) surpresa para as televisões. São maus? São bons? Não sei…são apoios. Uns gostam, outros não.
Independentemente da razão, ou mesmo de um alargado conjunto de razões, da escolha que venhamos a fazer a 5 de Junho, não será uma escolha para a vida, tão somente para quem nos representará no Parlamento e no Governo nos próximos tempos, mas que não deixa de ser muito importante.
Os partidos, pilares da nossa democracia, defendem ideologias diferentes que os distingue uns dos outros na forma de abordarem a uma mesma questão. Ora é essa diferente visão que os deveria levar a apresentar propostas para a resolução dos problemas estruturais, e não de conjuntura, do País e a arranjarem soluções de acordo com a visão que têm da sociedade.
Também cada um de nós, cidadão livre, se identifica mais ou menos com determinada ideologia ou modo de olhar o mundo e definimos a nossa escolha política baseada nessa ideologia ou olhar sobre os problemas e proposta de resolução.
Tudo isto é natural, e até mudamos muitas vezes de opinião, e quem diz o contrário cometerá um erro por ser teimoso. Pessoalmente, mudo de opinião, quando depois de analisar a questão vejo que este ao aquele caminho não é o mais correcto, atendendo ao inicialmente escolhido. É a vida!
O problema, hoje, é que não conhecendo os portugueses as propostas dos partidos políticos, tudo se resume ao voto no partido onde habitualmente o faz. O voto no partido A ou B, nestas eleições ou até mesmo em eleições autárquicas, poderá nada ter a ver com ideologia, bem pelo contrário.
Quando exercermos o nosso direito a 5 de Junho teremos de ter percebido que estamos a votar num gestor, que terá por missão gerir uma equipa que faça o País sair da situação financeira em que se encontra, e não poderemos seguir uma prática cega do seguidismo de interesses e não conseguir ouvir os outros e aceitar as suas ideias, por muito diferentes que sejam das nossas, e persistir na teimosia, o que acabará numa má escolha e na persistência do erro.

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