A Causa das Coisas
Muito antes de Nuno Markl, e da sua caderneta de cromos, o panorama satirizante dos hábitos e características dos portuguesa, nos ido de 80, estava a cargo de Miguel Esteves Cardoso. Começou pelas crónicas no Expresso e o seu humor irreverente levou à junção num livro de título “A Causa das Coisas”. No fundo são crónicas que pretendiam, julgo ainda se manterem actuais a maioria delas, explicar as causas de tantas coisas do nosso país.
Escreve na crónica, com o mesmo do livro, “A Cauda das Coisas” que “Em Portugal, ter amor às nossas coisas implica dizer mal delas, já que a maior parte delas não anda bem. Nem uma coisa nem outra constitui novidade. Nem dizer mal delas, nem o facto de elas não andarem bem. Será que se diz mal na esperança que elas se ponham boas? Também não. As nossas causas são sempre perdidas. Porquê então?”.
Parece que ainda assim vamos continuando e para reforçar contínua” Desdenhar o que se tem e elogiar o que têm os outros, mas sem querer trocar, é a principal característica do aristocrático feitio do povo português. Às vezes penso que dizemos tanto mal de Portugal e dos portugueses para que não sejam os estrangeiros a fazê-lo. Monopolizamos a maledicência para nos defendermos; para evitar a concorrência”.
Estes são pormenores, que como se compreenderá, se referiam à década de 80 mas que continuam bastante actuais, e aos quais voltaremos em próximos post.
Escreve na crónica, com o mesmo do livro, “A Cauda das Coisas” que “Em Portugal, ter amor às nossas coisas implica dizer mal delas, já que a maior parte delas não anda bem. Nem uma coisa nem outra constitui novidade. Nem dizer mal delas, nem o facto de elas não andarem bem. Será que se diz mal na esperança que elas se ponham boas? Também não. As nossas causas são sempre perdidas. Porquê então?”.
Parece que ainda assim vamos continuando e para reforçar contínua” Desdenhar o que se tem e elogiar o que têm os outros, mas sem querer trocar, é a principal característica do aristocrático feitio do povo português. Às vezes penso que dizemos tanto mal de Portugal e dos portugueses para que não sejam os estrangeiros a fazê-lo. Monopolizamos a maledicência para nos defendermos; para evitar a concorrência”.
Estes são pormenores, que como se compreenderá, se referiam à década de 80 mas que continuam bastante actuais, e aos quais voltaremos em próximos post.