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A mostrar mensagens de 2012

(Re)novar 2013

Muito se tem falado e escrito nos últimos tempos sobre refundar…refundar o estado social, refundar a atuação política, refundar… O prefixo RE entrou nas conversas diária, nos jornais, nas televisões nas conversas de café, enfim, este prefixo de origem latina, que pode ter três sentido, nomeadamente os de repetição, reforço ou retrocesso, reentrou definitivamente nas nossas vidas.   Centremo-nos no sentido da repetição, ou de tornar a fazer qualquer coisa, por exemplo repensar (pensar novamente). Este sentido de repetição ou de voltar a fazer tem uma premissa, a de fazer melhor. Este é apenas um exemplo (voltaremos ao prefixo re em futuro post) e agora que 2013 está mesmo aí, depois de um 2012 muito mau a vários níveis, é altura de REnovar a esperança, dito de outra forma, é a altura de voltar a ter esperança e 2013 é ano para isso.
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Liderar a mudança

Tantas vezes se fala na necessidade da mudança no interior dos partidos, tornando-os mais abertos á sociedade e aos cidadãos, e não somente a uma elite. Mas para que haja mudança, esta terá de ter a defesa dos dirigentes partidários, já que são eles quem propõe, logo quem define, o que se deve mudar. A verdade é que existe grande relutância à mudança, ou porque isso implica mexer em lugares e no ego pessoal de alguns dirigentes políticos ou por falta de capacidade destes em entenderem que a mudança reforça a democracia e os partidos. Quando se propõe alguma mudança, os dirigentes partidários tendem a concentra-se nos pormenores e não na essência da mudança, afastando assim á participação. Cada dirigente que integra a mudança deve participar nessa alteração assumindo com ética e responsabilidade o seu lugar no processo, o que favorece os próprios e apela á participação cívica de muitas pessoas anónimas, fazendo desta forma que estejam dentro dos partidos, onde as coisas de decid

Ética na política precisa-se!

As bases da nossa democracia centram-se nos partidos políticos, que estão hoje profundamente desacreditados, tendo o cidadão uma generalizada desconfiança e descrença nos seus dirigentes, o que facilmente se percebe, e a extrapola para a política e para a participação cívica. Hoje, mais do que nunca, não só fruto da crise que nos afeta, mas também pela rápida mudança global que sentimos diariamente, faz todo o sentido que a atividade política, e quem a exerce, recupere a dignidade e a ética de tal exercício. O exercício de cidadania, que os dirigentes políticos efetuam em nome da causa pública, deve ser alicerçado na ética sem qualquer tipo de complexo por parte destes. A democracia é um regime de avaliação de resultados, não devendo no entanto os mesmos se conseguidos a todo o custo, e usados como um fim de baixa política, exercida com falta de ética e contra as pessoas. Quando os procedimentos são tudo menos de seriedade, os dirigentes políticos demonstram não estar á al

Exigência e ambição

A preguiça dos cidadãos e o seu alheamento e afastamento do processo político e público, assim como da decisão de questões globais, leva a uma urgente necessidade de alteração de paradigma e de exigência e ambição pessoal no futuro. Maior exigência de nós próprios e dos outros é aquilo que se pede. Ser parte da solução, militando nos partidos e transformando-os a bem da sociedade é um pequeno esforço de cada, que trará frutos a todos. Na maioria das vezes, senão sempre, não olhamos para soluções diferentes e alternativas mais fortes que as proporcionadas por ligações duvidosas entre pares, e colocadas em lugares de decisão sem o voto expresso dos militantes. Pôr em prática a cidadania também é militar, e ser exigente com quem é eleito é mais um passo na direção de se ter uma democracia saudável. Ambição também porque terão de ser os partidos, primeiro internamente e depois externamente, a demonstrarem que a renovação e as mudanças fortalecem as decisões e as práticas democrát

Há Alternativa(s)

Fui dos mais de 4000 subscritores do documento “Resgatar Portugal para um Futuro Decente” e um dos 1800 delegados ao “Congresso Democrático das Alternativas”, onde no dia 5 de Outubro, na Aula Magna da Universidade de Lisboa, congregando cidadãos e cidadãs de diferentes quadrantes da sociedade portuguesa, foram debatidas as consequências económicas, sociais, políticas e culturais da adoção do Memorando de Entendimento e das políticas de austeridade.   À margem dos partidos, sendo que Partido Socialista, Bloco de Esquerda e Renovadores Comunistas estiveram presentes, e com respeito por estes, foram debatidos temas que são uma alternativa à política de empobrecimento que arrasta, hoje, Portugal para os antípodas do desenvolvimento.   Assistimos hoje á degradação da democracia com uma crescente desconfiança dos cidadãos nos sistema político e nos seus agentes, sendo que o divórcio entre ambos favorecem o aparecimento de tendências autoritárias e populistas, e tudo o que cidadãos livres

Congresso EcoSaldo (17 e 18 de Maio)

( http://www.condominiodaterra.org/pt/campanha-rio20/congresso-ecosaldo/ ) Segundo a estratégia “The Road to Rio+20 – For a development-led green economy”, das Nações Unidas, “O objetivo é provocar a discussão de novas ideias e inspirar a futura conferência para que se crie um consenso quanto aos passos seguintes”. Uma das questões estruturais que tornam obtenção de acordos em matéria ambiental numa verdadeira “impossibilidade política”, é o problema da dispersão dos encargos (débitos) e benefícios (créditos) ambientais por todo o planeta, denominados como externalidades ambientais negativas ou positivas, e que são “identificadas pela economia como uma “falha de mercado”. Partindo da proposta do reconhecimento de um “Património Natural Imaterial da Humanidade” relativamente aos sistemas Climático e Oceânico, é possível ultrapassar o actual “buraco negro” para onde se escapam factores vitais para a nossa vida capturando e internalizando estas “externalidades” nesse património comum.

Mudar de vida

Comemora-se hoje o 38.º aniversário do 25 de abril de 1974. Desde a madrugada daquele dia até hoje muito se passou, e da aurora da esperança chegamos ao crepúsculo da desacreditação, mas não podemos deixar de analisar e refletir sobre este período e o que ele pode significar para o nosso futuro coletivo. Este também deve ser, um de muitos, momentos de reflexão sobre o que fizemos enquanto parte de um todo e o que ainda poderemos fazer. Todos temos a nossa quota-parte do passado assim como a teremos no futuro, seja ela por omissão ou por estar disponível. Eu continuo a acreditar que é possível melhorar e colocar o esforço individual de cada um ao serviço do coletivo e melhorar assim a situação de desenvolvimento onde nos encontramos. Por isso há algum tempo fui falando com algumas pessoas que me merecem toda a consideração e propus-lhe a constituição de um movimento cívico (que poderia vir a designar-se MUDE - Movimento de Unidade e Desenvolvimento de Estremoz), transversal aos p

Os electrões não têm nada de vida

Albert   von Szent-Gyoryi (1893-1986), foi um cientista de origem húngara, naturalizado norte-americano, e que ganhou o Prémio Nobel da Fisiologia e da Medicina em 1937. Este cientista foi galardoado pela descoberta da vitamina C e pelo seu contributo para que fosse percebido o ciclo do ácido cítrico, um processo fundamental na respiração aeróbia. Das muitas áreas de investigação onde trabalhou, escreveu nas suas memória: Na minha busca pelo segredo da vida, comecei as minha investigações em histologia. Insatisfeito com a informação que a morfologia celular me poderia dar acerca da vida, virei-me para a fisiologia. Achando a fisiologia demasiado complexa, fui para farmacologia. Ainda considerando a situação demasiado complicada, virei-me para a bacteriologia. Mas as bactérias eram ainda muito complicadas, então,   desci até ao nível molecular, estudando química e química-física. Depois de 20 anos de trabalho, fui levado a concluir que, para compreender a vida, temos de descer ao nív

Imóveis devolutos e desagravamento fiscal (IMI) – uma proposta para a sustentabilidade cultural da cidade

Imóveis devolutos e desagravamento fiscal (IMI) - Uma proposta para a sustentabilidade cultural da cidade, é um texto de Rui Matoso, do Movimento Cidades Pela Retoma, publicado no "Badaladas" e que abaixo se transcreve. Enquanto as “oportunidades na regeneração urbana” não encontram os fundos imobiliários que permitam a reabilitação das casas e a consequente actualização das rendas e se agilizem os tão propalados despejos dando origem a um possível fenómeno de “gentrificação” (substituição da população residente fragilizada económica e socialmente por outra nova com rendimentos superiores), os proprietários de imóveis devolutos continuarão a ser sancionados através do IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) - pois, a tributação fiscal sobre o imóvel, se o mesmo for considerado devoluto ou em ruínas, tem um agravamento para o dobro ou triplo da taxa de IMI (Código do IMI, artº 112º, na redacção do artº 93.º da Lei 64-A/2008, de 31 de Dezembro), sendo que os municípi

O Pai Natal de Chocolate

Esta é uma história triste. Hoje, longe do espírito natalício , quando o tempo é mais dado á solidariedade, é menos intensa que naquela época do ano. Como todas as histórias esta também começa por “Era uma vez…”, e reza assim: Era uma vez, numa pequena cidade, no tempo em que ainda não havia grandes superfícies comerciais e todas as lojas tinham uma montra que funcionários e proprietários decoravam com muito afecto. Tempos antes do dia de Natal, no inicio do mês de Dezembro, as lojas expunham brinquedos e guloseimas de chocolate. Havia uma que todos os anos colocava religiosamente no centro da montra um grande e bonito Pai Natal de chocolate. Todos os dias em frente daquela montra um menino ali ficava   longas horas a comtemplar aquele   bonito Pai Natal. Entre ambos, o vidro da montra, e por trás o dono da loja, também ele todo os dias no mesmo sitio sorria cinicamente ao menino, lembrando-lhe que lhe era inacessível o Pai Natal. Mas todos os dias, chovesse ou fizesse Sol, mesmo sa

É preciso esperança!

O que tem o governo nacional e o local em comum? Bem pouco para uns, muito para outros, dir-se-ia. Se olharmos para a questão das nomeações e dos muitos concursos que todos os dias pejam o Diário da República, para os contratos de serviços, de que António Borges é o último exemplo, e para a colocação de muita gente laranja em diferentes lugares da administração pública, e se descermos ao nível local e analisarmos com a devida dimensão e escala, poderemos afirmar que há muito em comum. Para muita gente o Governo tem sido eficaz na gestão dos compromissos assumidos com a troika e a quem, para esses mesmos, tem havido coragem na tomada de posições políticas. Em termos locais nada de similar, diriam esses mesmos, olhando para o avolumar da dívida a curto prazo já muito perto dos 10 milhões de euros e para a pouca coragem em enfrentar os grande problemas que hoje se levantam às autarquias. Podemos também fazer a comparação entre aquilo que, supostamente, causou a saída do Secretário de E

RIO+20

Em 2012 vai acontecer, no Rio de Janeiro, no mês de Junho, uma nova Conferência da ONU a que foi dado o nome de “Rio+20”. Esta conferência marca os 20 anos sobre a Conferência de 1992, também conhecida por Cimeira da Terra, e que se debruçou pela primeira vez sobre o desenvolvimento sustentável. Tal como há 20   anos, a   conferência “Rio+20” irá abordar os problemas ambientais que enfrentamos e as novas dimensões da injustiça social que eles trazem. É verdade que nos últimos tempos a crise financeira da Europa tem sido o palco de todas as discussões e de todas as análises, eclipsando para o comum mortal a realização da referida cimeira e a importância daqueles temas e de como eles condicionam a nossa evolução e o combate á pobreza. Antes da crise, é verdade que muito se refletiu sobre os problemas ambientais, mas que hoje os diferentes meios de comunicação parecem ter deixado de lado, não percebendo que são também eles parte da origem da crise. Temas que condicionam o futuro como as

Portugal merecia outro Presidente

Para aqueles que como eu achavam que este não era o Presidente da República que Portugal merecia, porque ainda merecemos um Presidente em condições, Cavaco veio confirmar tal análise. Um presidente que de queixa da falta de solidariedade do Primeiro-Ministro e de que este violou a Constituição da República Portuguesa ao não o informar sobre o PEC IV e não o demite, é solidário com a violação da Constituição. Não é o Presidente da República que jura cumprir e fazer cumprir a Constituição? A reposta é sim, logo temos aqui duas situações. A primeira Cavaco foi conivente com a violação da Constituição ao não demitir Sócrates e viola também ele o seu juramento. A segunda, decorrente da primeira, Cavaco devia demitir-se por não ter feito cumprir a Constituição. O Presidente da República que deveria ser, e sabemos que ele queria ser, o Presidente do inconformismo e da esperança, teve pelo menos o condão de deixar todos aqueles que nele não votaram cientes de que fizeram a escolha certa. Nã

OS MANSO(S)

Este é um texto retirado do blog http://interesseseaccao.blogspot.com/ que descobri través de um mail, dos muitos que felizmente recebo, do movimento "Cidades Pela Retoma". É um exemplo de como poderemos sair da crise onde nos encontramos mergulhados. Sem mais comentários! "O episódio não merece, por si só, grande explanação. A diretora da Unidade Local de Saúde da Guarda nomeou o marido como auditor interno daquela unidade; dois dias depois, publicou uma nota em que se lê: "Para assegurar todos os critérios de transparência que se exigem a uma instituição e a dirigentes de cargos públicos, a designação do administrador hospitalar Francisco Pires Manso como auditor interno da ULS Guarda foi hoje revertida, embora a sua designação tenha cumprido escrupulosamente os requisitos legais.” O que terá ocorrido naqueles dois dias de intervalo entre nomeação e demissão para que a “transparência" tenha sido erigida a valor a ter em conta e para que um tal “ato devido

Cidade e a Crise

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Um pássaro numa gaiola canta de alegria ou de lamento?

Há frases que nos deixam a pensar. Frases na maioria das vezes banais mas que encerram um significado, e até uma filosofia, que depois de dissecadas são autênticas lições e princípios de vida. Uma dessas frases que me deixou a pensar foi-me dita de forma metafórica, como acontece na maioria dos casos em que as frases encerram significados que se aplicam á vida. A dita   frase foi a seguinte: “quando prendo um pássaro numa gaiola, não sei se canta de lamento se de alegria”. A mania que o temos de ter junto de nós as coisas belas, retirando-as dos seus lugares próprios, pode retirar toda a beleza a tais coisas. Aplicando-a á natureza, e ás aves, Ao queremos trazer para dentro de casa, por exemplo, um pássaro, cujo lugar natural é ao ar livre, acabamos por aprisionar a verdadeira natureza não a deixando fruir no seu espaço “natural”. O lugar do pássaro é ao ar livre, onde pode esvoaçar, cantar com alegria e onde pela primeira vez o vimos, sendo que achamos que tendo-o junto de nós, dome

Os outros

Os outros são uma figura, embora de muitos rostos, sem rosto. Quando há que culpabilizar alguém, a culpa é sempre dos outros. Sejam estes outros o anterior executivo, ao mercados, a conjuntura, etc. Todos conhecem pelos menos um responsável político que nunca tem culpa de nada daquilo que aparece errado, porque essa é dos outros. Estes campeões da vida são sempre vítimas   de todos. Se for um autarca, principalmente presidente de câmara, a culpa é do Governo ou de um anterior executivo. Para o Primeiro-Ministro a culpa é do anterior executivo, dos mercados, da conjuntura..de alguém. Um dia estes também serão os outros e continuamos assim neste circulo vicioso. Há ainda uns outros, que no principio eram do melhor que existia porque foram escolhidos pelo “chefe”, mas que com o tempo servirão para desculpar as asneiras de quem manda e passam a ser também daqueles que só servem para atrapalhar as boas práticas do chefe. Embora quem os escolheu soubesse desde sempre, que tal como ele, a

Nova Ordem Política

Dois assuntos que parecem não ter qualquer relação entre si, foram o que me puseram a pensar sobre a sua génese, importância e, talvez presunção, mas porque não afirmar, solução. Ambos são o espelho da necessidade de uma nova ética na política, são também a mostra da necessidade de novos políticos enquadrados por outra forma de estar na vida e naturalmente na gestão da causa pública e na política. E a que assuntos me refiro, que parecendo não estar ligados, são afinal o espelho de uma certa forma de estar em funções públicas? Por um lado a notícia que o ECOS online divulgou de que se suspeitava que os concursos públicos abertos pelo Município de Estremoz pareciam já ter, antes mesmo da prova escrita e da entrevista aos possíveis candidatos, destinatários perfeitamente definidos e que em alguns desses concursos seriam mesmo familiares de quem exerce cargos políticos, sejam eles de eleição ou de nomeação. Se por se ser familiar de alguém que exerce cargos públicos não se deve ser preju