O dia seguinte


A situação que o planeta atravessa, fruto da pandemia, deveria levar a que cada um de nós fosse extremamente consciente e cumprisse a sua parte, isto para que cada um contribua para que todos possamos vencer esta guerra.
Estamos todos mais ou menos assustados com o presente e a grande maioria nem sequer ousa pensar para lá disso. Mas a verdade é que vai haver um dia seguinte e esse também nos deveria preocupar porque vamos sair desta pandemia com uma economia de rastos e quanto mais depressa sairmos mais depressa poderemos recomeçar a reerguer as nossas estruturas.
E é aqui o ponto fundamental da ideia que quero transmitir, que ninguém deveria aproveitar-se para tirar partido pessoal, seja ele económico ou político, da situação que atravessamos, mas não será isso que está a acontecer e que possivelmente se irá acentuar com o tempo. Se em termos económicos a ambição de uns poucos sempre existiu, em termos políticos há coisas que não consigo entender, se alguém pode dela tirar algum proveito e mesmo que tal aconteça onde fica a ética? Refiro-me a duas coisas, a primeira ao conjunto de informação e contrainformação que tem circulado nos mais diversos meios e quero acreditar que com o escrutínio dos meios de comunicação social a toda esta realidade os números são os corretos. A segunda questão refere-se ao porquê de haver deputados no plenário da Assembleia da República, além daqueles que haviam sido acordados na conferência de líderes. Se por um lado cabe a cada um a responsabilidade de contribuir com aquilo que pode para não alargar a possibilidade do número de infetados, nem transmitir a ideia de que está tudo bem quando não está,  cada um dos senhores deputados deveria saber se era para estar presente ou não, ou seja, alguns desses eleitos cometeram uma desobediência. É este o exemplo que devemos seguir? Não! Por outro lado o Presidente da Mesa da Assembleia da República, sabendo aquilo que havia sido acordado na conferência de líderes deixou que os trabalhos prosseguissem com a “sobrelotação” do plenário. Estaremos todos a fazer a nossa parte? Não. E os exemplos deveriam vir da classe política, que já percebemos é cada vez mais fraquinha.

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