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A mostrar mensagens de julho, 2011

Notas soltas de Manuel Castells

[Notas soltas sobre intervenção de Manuel Castells , 15 de Abril, Univ. México, " Comunicação e Poder ". ( http://www.facebook.com/event.php?eid=163678710356705 )] Retirado de:   http://noeconomicrecoverywithoutcities.blogs.sapo.pt/57568.html Castells dixit Sobre o poder "Quem está no poder tem a capacidade de organizar as forças directoras em torno das suas ideias. Onde há poder, há sempre contra-poder! Onde há dominação, há resistência (dinâmica social). As instituições da sociedade são uma mescla dessas relações (compromissos e negociações entre actores) e assim determinam as nossas vidas". "A informação e comunicação foram sempre fonte de poder e contra-poder, de domínio e de mudança. O controlo da comunicação e informação é um espaço essencial quando se formam relações de poder". "Os processos de construção mental desenvolvem-se à volta das emoções (que determinam nossos comportamentos) ". "As redes de construção poder (complexas e m

Pensar a militância

Está eleito o novo secretário-geral do Partido Socialista tendo a escolha da maioria dos militantes que votou recaído em António José Seguro, o desfecho era esperado e não causa grande surpresa. O preocupante nestas eleições foi o número de votantes, cerca de 35 mil, que correspondem grosso modo a 30% dos militantes do PS. Quando em causa estava a eleição do secretário-geral do maior partido da oposição, num acto em que não havia lista única, votarem somente 30 % dos 116 mil militantes do partido, o que deve ser motivo de reflexão. Numa eleição em que o PS procura um novo caminho depois de 6 anos de governo os militantes alhearam-se deste acto? Os militantes estão insatisfeitos com a forma de actuação do PS e afastaram-se da militância? Poderíamos continuar a colocar uma série de questões e a todas elas poderíamos ir buscar uma resposta para as interrogações ou para o “ses” de tão baixa participação. A real resposta pode ser muito mais profunda que a desilusão de uns quantos e o afa

Discussão não é traição

Discussão e traição, embora com fonia semelhante, têm significado muito diferente e nem complementares são. Não alinhar pelo mesmo diapasão e gostar de discutir os assuntos, chegando desta forma a conclusões muito mais ricas, não pode em política ser sinónimo de traição, muito menos do princípio democrático. A democracia é isso mesmo. Discutir e cada um argumentar o melhor que conseguir para obter, através de um processo participativo, o melhor resultado. Estar todos de acordo, cultivando o culto do líder não é o melhor caminho. Não, definitivamente não é. Como estaríamos hoje se Mário Soares ou Álvaro Cunhal, para citar só estes dois nomes, tivessem prestado  culto a António Oliveira Salazar ou Marcelo Caetano? Estes dois políticos e muitos outros que no Estado Novo quiseram discutir política com o status quo são traidores do espírito democrático por terem discordado da prática então existente? Então porque tentam alguns confundir alguns peões, servos de pessoas e não de ideias,