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A mostrar mensagens de junho, 2011

Acreditar

A estrutura organizativa e de gestão, quer nacional quer local, está assente nas organizações políticas, leia-se partidos políticos. Estas estruturas têm hoje uma imagem de descrença generalizada por parte dos cidadãos. Ética e dignidade são conceitos que devem ser devolvidos á actividade política-partidária. É no interior dos partidos que estes conceitos mais deviam ser respeitados e onde as discussões deveriam assumir carácter político e não pessoal. A democracia, mesmo no interior dos partidos, não é, nem pode ser, só para elites. É um regime de homens comuns para homens comuns. Em mais de 25 anos de militância partidária tenho assistido a sucessivos apelos em prol da discussão salutar e da renovação de ideias e ideais, assim como de novas atitudes que parecem ter grandes dificuldades em chegarem. Há uma sempre crescente vontade de mudança, não de pessoas mas de ideias e atitudes   e acredito que é ainda possível, porque não dizer necessário, uma ampla renovação de práti

A Força das Ideias Políticas

Depois do resultado das eleições legislativas e da consequente demissão do secretário-geral do Partido Socialista vai haver eleições para   a nova equipa. O processo democrático é salutar, reaviva a democracia e, infelizmente só de tempos a tempos, apela-se á participação dos militantes. Um partido não é um grupo de amigos, antes um conjunto de pessoas que militam e defendem ideologia idêntica e que discutem e assumem posições políticas, não as confundindo com posturas pessoais. Deveria ser assim, mas nem sempre é. Muitas vezes, se não a maioria dela, no interior dos partidos persiste uma grande confusão daquilo que é uma discussão de ideias (salutar) com questões de índole pessoal. Bato-me, e continuarei a fazê-lo enquanto achar que vale a pena continuar a lutar por essa postura, pela democratização da discussão política no interior dos partidos e em especial daquele onde milito. Onde aqueles que foram escolhidos pelos seus pares devem manter uma postura de abertura e de partici

Porque será?

Terminou mais um acto eleitoral. Os resultados são por demais conhecidos e espelham o que se esperava. Reflectiram a análise que havia feito, e reforçaram o que disse a um amigo numa sexta-feira de manhã á volta da mesa, quando tomávamos café. Embora ele discordasse disse-lhe que o PSD ganharia ao PS por cerca de 10%. Mais uma vez, lamentavelmente, tive razão. Não é a primeira e não deverá ser a última, mas o que me deixa pensativo é o ter razão sempre antes do tempo. Depois é irrelevante, já não vale de nada. Mas não foi por isso que estou a escrever estas linhas. São apenas para uma pequena análise de resultados e de apoios. Quatro Presidentes de Câmara, eleitos em listas de movimentos independentes no Alentejo, apoiaram José Sócrates. Em 3 desses Municípios o PS ganhou (Alandroal, Redondo e Sines) e somente em Estremoz o PS perdeu. O Partido socialista teve menos 2220 votos relativamente às legislativas de 2005. Mesmo contando com o apoio de Luís Mourinha o Partido Socialista