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A mostrar mensagens de janeiro, 2011

Amor e Contra

Volto com este post às crónicas de Miguel Esteves Cardoso (MEC) em “A causa das coisas”. Algumas são de facto memoráveis e merecem-nos a atenção, como é o caso de “Amor”. Escreve então MEC “Mesmo que Dom Pedro não tenha arrancado e comido o coração do carrasco de D. Inês, Júlio Dantas continua a ter razão: é realmente diferente o amor em Portugal”. Ainda hoje é mais fácil dizer que gostamos de alguém, em vez de dizer que amamos alguém. O pudor que MEC descreve em relação ao incómodo fonético que é dizer “Eu amo-o ou eu amo-a”, continua a acontecer. O mesmo se passa para a palavra “amante”. Palavra de sentido simples que significa “aquele que ama”, tem para os portugueses um sentido malicioso, indecente ou de pouca vergonha. Ao longo desta crónica, MEC demonstra a grande confusão estabelecida entre amar e gostar, do amor com a paixão, e como se torna difícil a condição de se amar em Portugal. Para aquele autor “Estas distinções fazem parte dos divertimentos sérios das outras cultura

A Causa das Coisas

Muito antes de Nuno Markl, e da sua caderneta de cromos, o panorama satirizante dos hábitos e características dos portuguesa, nos ido de 80, estava a cargo de Miguel Esteves Cardoso. Começou pelas crónicas no Expresso e o seu humor irreverente levou à junção num livro de título “A Causa das Coisas”.  No fundo são crónicas que pretendiam, julgo ainda se manterem actuais a maioria delas, explicar as causas de tantas coisas do nosso país. Escreve na crónica, com o mesmo do livro, “A Cauda das Coisas” que “Em Portugal, ter amor às nossas coisas implica dizer mal delas, já que a maior parte delas não anda bem. Nem uma coisa nem outra constitui novidade. Nem dizer mal delas, nem o facto de elas não andarem bem. Será que se diz mal na esperança que elas se ponham boas? Também não. As nossas causas são sempre perdidas. Porquê então?”. Parece que ainda assim vamos continuando e para reforçar contínua” Desdenhar o que se tem e elogiar o que têm os outros, mas sem querer trocar, é a principal c

Colors of the Wind

Colors of the Wind "Hi!! :D We are a group of portuguese students that learn in School "Secundária /3 Rainha Santa Isabel" who are learning English for three years. We are in the 7th grade, class A!! We are a fantastic class with nice boys and girls!!We hope you like our blog! Enjoy it!!"

Presidenciais 2011

A campanha para as eleições presidenciais de 2011 tem sido, do ponto de vista da discussão daquilo que é a função presidencial, muito fraca. Centrou-se em assuntos paralelos à própria campanha e não no cerne da questão. Também é verdade que, porventura fruto da crise que o País atravessa, a mobilização é praticamente inexistente. Não se mobiliza para uma campanha e para uma luta política chamando à cena meia dúzia, seja por desinteresse seja por estratégia, e as várias candidaturas não têm conseguido mobilizar os portugueses, até mesmo aqueles que geralmente aparecem, nem que seja só para a fotografia. Porque faz falta uma campanha de mobilização e de discussão dos problemas e da função presidencial, para animar um pouco ….

Merecido

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José Mourinho continua a ser o "Special One". Eleito melhor treinador de futebol do ano pela FIFA, na última época conquistou "tudo" ao serviço do Inter de Milão. “Não sou mais um, penso que sou especial”. Esta é frase que em 2004 lhe valeu a alcunha de “Special One”. Mourinho junta o prémio FIFA, atribuído pela primeira vez, a muitos prémios, entre os quais melhor treinador, atribuídos por UEFA, Federação Internacional de História e Estatística do Futebol, Itália, Inglaterra e World Soccer. Esta afirmação, embora arriscada, veio a confirmar as potencialidades de Mourinho, e que Vilarinho um dia não percebeu. Quando a fez era o campeão europeu em título, pelo FC Porto, e ainda só tinha seis dos 17 títulos que viria a conquistar em 10 anos como treinador principal.

Causas Presidenciais

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… Mas há sempre uma candeia dentro da própria desgraça há sempre alguém que semeia canções no vento que passa. Mesmo na noite mais triste em tempo de servidão há sempre alguém que resiste há sempre alguém que diz não. A 23 de Janeiro seremos mais uma vez chamados a cumprir o dever cívico de eleger o Presidente da República. A democracia está em causa? Não. Poderia ter outra qualidade? Sim. Para quem acredita que a política deve ser feita de causas, que o Presidente da República deve ser um Homem de causas, alguém que conduza a candeia e resista à política fácil, alguém que quando é preciso Diz Não, então a escolha está feita. O que mais admiro em Manuel Alegre é a sua vitalidade e a sua combatividade de homem que acredita em causas. Manuel Alegre é importante na política como defensor de uma democracia mais qualitativa e menos dada a atropelos de princípios. O poder está nas nossas mãos e devemos exerce-lo a 23 de Janeiro. Com o voto em Manuel Alegre seremos, cada um, mais um

Bom 2011

A tradição de comer 12 passas e 12 pedir desejos na transição de cada ano, além da rapidez com que há necessidade de o fazer, parece não trazer grandes resultados, pelo menos para mim nunca dei por tal. Com os anos vamos refinando os nossos pedidos e poupando na quantidade de desejos, porque as passas essas são comidas até última. Mesmo não sendo grande adepto de tal tradição, a mesma serve para renovar a ideia de um futuro melhor. O passado de ontem é sempre pior que o de antes de ontem e estes desejos de novas “conquistas” para o novo ano servem, pelo menos, para o encarar com outra atitude, mais positiva. Geralmente os desejos que todos os anos vamos pedindo são os que a grande maioria das pessoas pede. Fui-me adaptando às circunstâncias e passei a pedir (para não fugir à tradição) um ou dois desejos, daqueles que são pessoais, e que às vezes também se estendem aos amigos e familiares. Os meus pedidos para 2011 são talvez sonhos. Mas também é preciso sonhar. Não custam um euro,