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A mostrar mensagens de 2011

É pelo sonho que vamos!

Esse grande poeta que foi Sebastião da Gama escreveu um dia que é pelo sonho que vamos. Sim, é por ele que seguimos. Também para António Gedeão é o sonho que comanda a vida e quando um homem sonha o mundo avança. Quantas vezes não alcançamos muito além daquilo que sonhamos? Tantas e tantas vezes, mas por pequeno que tivesse sido tivemos a capacidade de sonhar, de acreditar que o sonho poderia ser real e fomos por ele. Os tempos que vivemos e aqueles que se aproximam não nos podem tirar a vontade de acreditar, de sonhar que é possível mudar. Baixar os braços, desacreditar ou deixar-se ficar à mercê dos sonhos dos outros é uma rendição sem honra ou glória. Temos de acreditar que é possível mudar e geralmente quem acredita e procura, encontra. Pode ser pelo sonho que leva ás acções, mas quem sonha acredita e quem acredita, consegue! Os sonhos dão-nos força, alento e vontade de continuar, de não baixar os braços e desistir. Não devemos ter medo de sonhar. O que sonhamos e se nos é desti

Boas Festas

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A aposta nas cidades

Publico aqui um texto de José Carlos Mota, do Movimento Cívico "Cidades Pela Retoma" e que teve a amabilidade de partilhar no forum de discussão. "A complexidade do momento em que vivemos e as dificuldades que temos de enfrentar exigem que nos distanciemos um pouco da agenda actual de discussão (centrada excessivamente na discussão da dívida) e que enquadremos a reflexão numa visão holística que problematize futuros possíveis e caminhos e passos necessários para os atingir. Nesse particular, a União Europeia, no meio da turbulência conhecida, tem vindo a discutir uma agenda europeia para o crescimento - 'Europa 2020' ( http://ec.europa.eu/europe2020/index_pt.htm ), documento que tem sido objecto de amplo debate na maior parte dos países europeus. Estranhamente, esta matéria não tem tido qualquer relevância em Portugal quer na agenda de debate político, quer mediático, algo difícil de perceber atendendo à importância das opções que aí se discutem para o futuro

Anuário Estatístico do Alentejo 2010 - Despesas em Cultura e Desporto

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Foi publicado o Anuário Estatístico do Alentejo, referente ao ano de 2010, e de entre os muitos dados ali expostos centremo-nos na análise do Quadro “Indicadores da Cultura e Deporto por município, 2010”, nomeadamente nas despesas das câmara municipais em actividades culturais e de desporto por habitante.   Das principais conclusões que daquele quadro se podem retirar, naquilo que ao município de Estremoz diz respeito, ficamos a saber que   gasta   61,6 euros por habitante (48,8€ em corrente e 12,8€ em capital), sendo que só o município de Mourão (42,6 €/habitante) investe menos nestas áreas, do conjunto dos 14 municípios do Alentejo Central. O município que mais investe é o de Viana do Alentejo, com um total de 542,8€/habitante. Em termos de “classificação” geral temos assim que Viana do Alentejo é o campeão do investimento, enquanto Estremoz é o 13.º em 14. Em termos de percentagem de investimento em cultura e desporto relativamente ao total da despesa do município, segue-se o mesmo

A reforma do País

Somos daqueles que há alguns anos considera que o país precisa de uma reforma administrativa. A evolução tecnológica, a melhoria da rede viária e as novas formas de gestão levam a que um novo modelo administrativo e de organização territorial seja definido de forma a que possamos ganhar escala nas decisões e uma eficiente melhoria na resolução dos problemas das populações. Depois de alguns anos com assunto ser “discutido”, ou pelos menos a ser lembrado, em algumas reuniões políticas do partido que suportava o anterior Governo, com defensores e adversários de uma reforma territorial e administrativa, o actual Governo parece querer seguir em frente com esta ideia. O municipalismo pós 25 de Abril de 1974 tem tido um papel importantíssimo na melhoria da qualidade de vida dos portugueses, como é reconhecido por toda a gente, mas torna-se evidente a necessidade de um novo modelo. Mas esta reforma não poderá ser encarada como uma “cartada” política num momento de grave crise financeira, ne

A oposição

Quando a oposição anda á deriva, seja num governo nacional seja local, todos fazem, oposição e governação, um mau mandato. Quem governa corre o risco de amolecer e quanto mais activa for a oposição, tendo uma postura séria e não de política de bota abaixo, mais quem governa afina a sua “imaginação” na governação, ganhado essencialmente a democracia e os cidadãos. Uma oposição fraca, além de não espicaçar o governo, não se consegue definir como alternativa a esse mesmo governo e atingir o seu grande objectivo que é governar. Quando falta uma oposição que tenha um verdadeiro projecto alternativo para oferecer aos cidadãos, em última instância são estes que perdem, por falta de debate e de políticas alternativas. Não há oposição que consiga chegar ao governo se não plantar as sementes de uma alternativa e de novas políticas muito antes do período eleitoral. Sem o incansável trabalho de fundo de divulgação de ideias da oposição, dificilmente se derrota que está no poder, a não

Notas soltas de Manuel Castells

[Notas soltas sobre intervenção de Manuel Castells , 15 de Abril, Univ. México, " Comunicação e Poder ". ( http://www.facebook.com/event.php?eid=163678710356705 )] Retirado de:   http://noeconomicrecoverywithoutcities.blogs.sapo.pt/57568.html Castells dixit Sobre o poder "Quem está no poder tem a capacidade de organizar as forças directoras em torno das suas ideias. Onde há poder, há sempre contra-poder! Onde há dominação, há resistência (dinâmica social). As instituições da sociedade são uma mescla dessas relações (compromissos e negociações entre actores) e assim determinam as nossas vidas". "A informação e comunicação foram sempre fonte de poder e contra-poder, de domínio e de mudança. O controlo da comunicação e informação é um espaço essencial quando se formam relações de poder". "Os processos de construção mental desenvolvem-se à volta das emoções (que determinam nossos comportamentos) ". "As redes de construção poder (complexas e m

Pensar a militância

Está eleito o novo secretário-geral do Partido Socialista tendo a escolha da maioria dos militantes que votou recaído em António José Seguro, o desfecho era esperado e não causa grande surpresa. O preocupante nestas eleições foi o número de votantes, cerca de 35 mil, que correspondem grosso modo a 30% dos militantes do PS. Quando em causa estava a eleição do secretário-geral do maior partido da oposição, num acto em que não havia lista única, votarem somente 30 % dos 116 mil militantes do partido, o que deve ser motivo de reflexão. Numa eleição em que o PS procura um novo caminho depois de 6 anos de governo os militantes alhearam-se deste acto? Os militantes estão insatisfeitos com a forma de actuação do PS e afastaram-se da militância? Poderíamos continuar a colocar uma série de questões e a todas elas poderíamos ir buscar uma resposta para as interrogações ou para o “ses” de tão baixa participação. A real resposta pode ser muito mais profunda que a desilusão de uns quantos e o afa

Discussão não é traição

Discussão e traição, embora com fonia semelhante, têm significado muito diferente e nem complementares são. Não alinhar pelo mesmo diapasão e gostar de discutir os assuntos, chegando desta forma a conclusões muito mais ricas, não pode em política ser sinónimo de traição, muito menos do princípio democrático. A democracia é isso mesmo. Discutir e cada um argumentar o melhor que conseguir para obter, através de um processo participativo, o melhor resultado. Estar todos de acordo, cultivando o culto do líder não é o melhor caminho. Não, definitivamente não é. Como estaríamos hoje se Mário Soares ou Álvaro Cunhal, para citar só estes dois nomes, tivessem prestado  culto a António Oliveira Salazar ou Marcelo Caetano? Estes dois políticos e muitos outros que no Estado Novo quiseram discutir política com o status quo são traidores do espírito democrático por terem discordado da prática então existente? Então porque tentam alguns confundir alguns peões, servos de pessoas e não de ideias,

Acreditar

A estrutura organizativa e de gestão, quer nacional quer local, está assente nas organizações políticas, leia-se partidos políticos. Estas estruturas têm hoje uma imagem de descrença generalizada por parte dos cidadãos. Ética e dignidade são conceitos que devem ser devolvidos á actividade política-partidária. É no interior dos partidos que estes conceitos mais deviam ser respeitados e onde as discussões deveriam assumir carácter político e não pessoal. A democracia, mesmo no interior dos partidos, não é, nem pode ser, só para elites. É um regime de homens comuns para homens comuns. Em mais de 25 anos de militância partidária tenho assistido a sucessivos apelos em prol da discussão salutar e da renovação de ideias e ideais, assim como de novas atitudes que parecem ter grandes dificuldades em chegarem. Há uma sempre crescente vontade de mudança, não de pessoas mas de ideias e atitudes   e acredito que é ainda possível, porque não dizer necessário, uma ampla renovação de práti

A Força das Ideias Políticas

Depois do resultado das eleições legislativas e da consequente demissão do secretário-geral do Partido Socialista vai haver eleições para   a nova equipa. O processo democrático é salutar, reaviva a democracia e, infelizmente só de tempos a tempos, apela-se á participação dos militantes. Um partido não é um grupo de amigos, antes um conjunto de pessoas que militam e defendem ideologia idêntica e que discutem e assumem posições políticas, não as confundindo com posturas pessoais. Deveria ser assim, mas nem sempre é. Muitas vezes, se não a maioria dela, no interior dos partidos persiste uma grande confusão daquilo que é uma discussão de ideias (salutar) com questões de índole pessoal. Bato-me, e continuarei a fazê-lo enquanto achar que vale a pena continuar a lutar por essa postura, pela democratização da discussão política no interior dos partidos e em especial daquele onde milito. Onde aqueles que foram escolhidos pelos seus pares devem manter uma postura de abertura e de partici

Porque será?

Terminou mais um acto eleitoral. Os resultados são por demais conhecidos e espelham o que se esperava. Reflectiram a análise que havia feito, e reforçaram o que disse a um amigo numa sexta-feira de manhã á volta da mesa, quando tomávamos café. Embora ele discordasse disse-lhe que o PSD ganharia ao PS por cerca de 10%. Mais uma vez, lamentavelmente, tive razão. Não é a primeira e não deverá ser a última, mas o que me deixa pensativo é o ter razão sempre antes do tempo. Depois é irrelevante, já não vale de nada. Mas não foi por isso que estou a escrever estas linhas. São apenas para uma pequena análise de resultados e de apoios. Quatro Presidentes de Câmara, eleitos em listas de movimentos independentes no Alentejo, apoiaram José Sócrates. Em 3 desses Municípios o PS ganhou (Alandroal, Redondo e Sines) e somente em Estremoz o PS perdeu. O Partido socialista teve menos 2220 votos relativamente às legislativas de 2005. Mesmo contando com o apoio de Luís Mourinha o Partido Socialista

Esquerda

Está perto mais um acto eleitoral para a eleição directa dos deputados à Assembleia da República, e de forma indirecta para a escolha do Primeiro-Ministro e do Governo de Portugal. Estas eleições acontecem rodeadas de uma crise económica e financeira e assentes no debate da ajuda externa que o País solicitou. Mas o Portugal de hoje tem alguma coisa a ver, por exemplo,   com o Portugal da segunda metade do Século XX? Nos anos 50 e 60 o País era atrozmente   desigualitário. Ao longo destes 37 anos de democracia o País mudou. Mudou, e muito, e com ele fomos percebendo que nenhum País pode desenvolver-se e ser feliz se a grande maioria dos seus concidadãos forem pobres. Mesmo sabendo-se hoje em que há novas formas de pobreza, que pobres sempre haverá, a preocupação com as desigualdades sociais deve ser uma das grandes preocupações do novo Governo, assim como a valorização do mérito. A redução das desigualdades sociais deve ser um dos pilares do novo executivo, mas com medidas sérias e

E o burro sou eu?

A frase atribuída a LUIS FILIPE Scolari, teve origem numa conferência de imprensa, após a qualificação de Portugal para o Europeu de Futebol. Prático e eficaz LUIS FILIPE Scolari levou a água ao seu moinho e cumpriu, com pragmatismo diga-se, o objectivo a que se propusera. A novela não passou disso mesmo, de uma novela. Ainda sofri com a hipótese de apuramento dos finlandeses, mas tudo acabou em bem e lá fomos ao europeu de Futebol. O que se passou foi perfeitamente normal   e não foi mais que o pragmatismo do senhor LUIS FILIPE Scolari… sendo que   o jogo está muito para além das quatro linhas. É um mundo paralelo cheio de estórias. Mas embora reconheça os sucessos de LUIS FILIPE Scolari confesso que   não me tira saudades de outras selecções, mas também essas fazem parte de outras novelas. Para já a única coisa que me apetece dizer é: “E BURRO SOU EU?”.

É a política

A um mês de eleições legislativas pouco, para não dizer nada, se conhece sobre as propostas dos principais partidos principalmente daqueles que têm por objectivo primeiro a governação do País. Desde que o País sabe que tem de ir a eleições, os órgãos de comunicação social tem-nos presenteado com um conjunto de fait-diver ou de uma excessiva atenção á troika , que não nos deixam chegar ao essencial. O Futebol também tem dado uma ajuda ao desviar os nosso olhares na procura de sucessos que nos coloquem nos lugares cimeiros das tabelas internacionais. É a expectativa de pela primeira vez na história duas equipas portuguesas estarem na final da Liga Europa, é o FC Porto a virar o resultado na Taça de Portugal, é o inimitável Mourinhos…etc. Ou então são almoços, pouco (ou não) prováveis, de apoio a este e àquele candidato que são uma total (suposta) surpresa para as televisões. São maus? São bons? Não sei…são apoios. Uns gostam, outros não. Independentemente da razão, ou mesmo de um alar

Hoje não me apetece escrever

Hoje não me apetece escrever. Falta de assunto? Não. Podia, hoje que José Sócrates apresentou numa intervenção ao país os termos da ajuda externa, escrever sobre isso ou escrever sobre os apoios que tem recolhido junto de autarcas, mas não. Não me apetece. Hoje, simplesmente não.

O FMI e o Titanic

O RMS Titanic foi um transatlântico da Classe Olympic propriedade da White Star Line. Foi construído nos estaleiros da Harland and Wolff em Belfast, na Irlanda do Norte. Na noite de 14 de Abril de 1912, durante a sua viagem inaugural, com inicio em Southampton e destino a Nova York, chocou com um iceberg no Oceano Atlântico e afundou-se duas horas e quarenta minutos depois, na madrugada do dia 15 de Abril de 1912. Com 3.547 pessoas a bordo, o naufrágio resultou na morte de 1.523 pessoas, e é considerada uma das piores catástrofes marítimas de sempre. O Titanic foi construído com base na mais avançada tecnologia disponível na época e foi popularmente referenciado como "inafundável" - na verdade, um folheto publicitário de 1910, da White Star Line, sobre o Titanic, alegava que ele fora "concebido para ser inafundável". Foi um grande choque para muitos que, apesar da tecnologia avançada e da experiente tripulação, viram o Titanic afundar-se levando consigo  uma gran

A sede de poder in planetasoares.com

Está marcado no calendário que hoje será o dia em que o Governo da Républica cairá do pedestal em que está e será marcada uma data para novas eleições. Parece também que o nosso querido presidente diz que tudo isto aconteceu muito rapidamente e que não teve margem de manobra para actuar preventivamente. Como eu o compreendo. Não é a primeira vez, nem sequer a segunda e não será seguramente a última. A Maguia não o deixa vêgue televisão em casa à hoga do telejognal e pug isso não conseguiu segue pegueventivo. Quem se ri de contente é o Passos Coelho e os seus pares. Preparam-se para tomar de assalto um lugar que não é deles – curiosamente não se comprometem com coligações com o CDS antes das eleições, algo que deveria ser obrigatório para que o povo saiba quem pode colocar no poleiro – já avisou que isto está muito mal e que ainda vai piorar – terá sempre a desculpa que isto ainda estava pior do que pensavam e que por isso vão ter que reforçar as medidas de contenção – ding, ding, di

Sobre esta coisa das gerações que no fundo todos devemos a Vicente Jorge Silva e não a Pacheco Pereira (mas até podia ter sido)

Do blogue " http://aummetrodochao.blogs.sapo.pt", de Inês Teotónio Pereira,   publico o texto colocado por esta, na íntegra, a 10 de Março, que acho nos merece relexão. Assim aqui fica. "A primeira vez que me colaram a uma geração foi na altura em que a PGA era motivo mais do que suficiente para os bloquistas do principio dos anos 90 mostrarem o rabo aos ministros da educação. Foi à conta deles, dos bloquistas, que um cavaquista chamou à minha geração, geração rasca (o criativo foi o jornalista, socialista Vicente Jorge Silva, que era na altura uma espécie de Emídio Rangel de Guterres, mas raramente aparecia da televisão e muito menos na RTP N). Ainda hoje tenho a certeza absoluta de que o insulto não era para mim nem dirigido a ninguém que eu conheça; quase que posso jurar que Pacheco Pereira se referia justamente aos bloqusitas da época, que em vez de irem às aulas e depois para casa estudar para a PGA, passavam as tardes entre o café em frente ao liceu e a escada

A vida é feita de escolhas (2)

Como referido no post anterior a vida é feita de escolhas. No fundo estaremos tanto ou mais satisfeitos consoante a “arte” que tivermos na nossa escolha do caminho, no entanto há que considerar as escolhas que fazemos em cada momento e de como elas condicionam o futuro. Os significados que atribuímos ao que fazemos são estruturantes do nosso bem-estar e da nossa riqueza enquanto pessoas. Um exemplo ilustrativo é a história de 3 operários a quem foi perguntado o que estavam a fazer. O primeiro respondeu que estava a assentar tijolos, o segundo que estava a construir uma escada e o terceiro que estava a colaborar na construção de uma catedral. Há assim significados diferentes para cada um de nós para aquilo que fazemos e somos nós quem os pode escolher. Esta escolha marca de forma significativa o nosso percurso e faz toda a diferença. Aqueles que tiveram um passado orientado e fechado dentro de determinados limites, passam o tempo a querer mudar o que fizeram, a lamentar-se, a culpar o

A vida é feita de escolhas

Ao longo da nossa vida, todos os dias da mesma, nos deparamos com escolhas, sejam elas de grande ou de menor importância consoante o grau que lhe quisermos atribuir. Toda a nossa vida é feita de escolhas, logo feita de tomadas de decisão. Algumas das escolhas que fazemos são essenciais e estruturantes daquilo que hoje somos, tais como as políticas, religiosas ou até mesmo do papel que desempenhamos na sociedade. E a nossa vida, sucessos e fracassos, é assim o resultado das escolhas que fazemos, das estratégias que desenvolvemos, e dos processos estruturantes que seguimos. Tal como J. A. Wanderley afirma “ A vida é a arte das escolhas, dos sonhos, dos desafios e da acção”, é assim a nossa vida, composta por inúmeras variáveis, que na sua maioria não dominamos, mas que se nos colocam e em virtude das quais temos de fazer escolhas. Acertadas ou não só no futuro o sabemos. Assim, em qualquer momento estamos, conscientes ou não, a tomar decisões, mesmo quando decidimos não decidir. Não

Os Amigos e os Amigalhaços

Esta é uma das crónicas que Miguel Esteves Cardoso escreveu para o Expresso, e que veio posteriormente a ser editada em livro conjuntamente com muitas outras. Por aquilo que aborda, a amizade e a falsa amizade, achei-a merecedora de ser transcrita, sem cortes ou alterações, aqui fica. “Não se pode ter muitos amigos. Mesmo que se queira, mesmo que se conheçam pessoas de quem apetece ser amiga, não se pode ter muitos amigos. Ou melhor, nunca se pode ser bom amigo de muitas pessoas. Ou o melhor amigo. A preocupação da alma e a ocupação do espaço, o tempo que se pode passar e a atenção que se pode dar, todas estas são finitas e têm de ser partilhadas. Não chegam para mais de um, dois, três, quatro, cinco amigos. É preciso saber partilhar o que temos com eles e não se pode dividir uma coisa já de si pequena (nós) por muitas pessoas. Os amigos, como acontece com os amantes, também têm de ser escolhidos. Pode custar-nos não ter tempo nem vida para se ser amigo de alguém de quem se gosta, m

PELA CONSTRUÇÃO DA VARIANTE A ESTREMOZ DO IP2/EN 18

Está a decorrer uma petição, on-line pela construção da Variante de Estremoz do IP2. Esta é uma obra ansiada à muito e que facilitaria bastante a vida dos estremocenses. Pode ler mais abaixo a petição na íntegra. PELA CONSTRUÇÃO DA VARIANTE A ESTREMOZ DO IP2/EN 18 • Os estremocenses esperam há muitos anos pela construção da Variante de Estremoz ao IP2/EN18 que tarda em ser construída.• • A actual EN 18 atravessa uma importante zona habitacional e de serviços da cidade onde se encontram um hipermercado, o Centro de Saúde, a Escola Secundária Rainha Santa Isabel, o Centro de Emprego, a Escola Básica Sebastião da Gama, o Pavilhão Desportivo Municipal, as Piscinas Municipais, a Escola do 1º. Ciclo do Ensino Básico (Escola do Caldeiro), o Lar de Santo André, 3 acessos ao centro da Cidade, 1 acesso ao Centro Histórico (castelo) e vários acessos à importante zona habitacional de Mendeiros, entre outros.• • Os incómodos e os riscos para os cidadãos de Estremoz têm vindo a multiplicar-se

Novas ideias, precisam-se.

Embora não concordando na maioria das situações com a sua postura, não posso estar mais de acordo com a afirmação de Manuel Maria Carrilho, feita em entrevista ao público, de "Precisamos de ideias novas, e só através do debate é que elas podem surgir". O Partido Socialista parece ultimamente ter medo do debate, e escrevo parece em virtude de uma secreta esperança que ainda haja por parte de alguns a coragem de dizer não ao status quo instalado, concordado também que o "exercício do poder, que se reduz à obsessão de durar, nunca deu futuro a nenhum partido". Mas é esse exercício que tolda na sua grande maioria a prática da democracia e abafa, sabe-se lá porquê, o debate de ideias e produz, nalguns, a fobia da discussão sã e saudável de diferentes pontos de vista. Sou, como sempre fui, um militante de causas, do debate de ideias e do desenvolvimento da comunidade onde me insiro e causa-me alguma perplexidade que os directórios políticos do nosso espectro político f

Parabéns Vitinho

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O Vitinho completa hoje meio século. O Vitinho era a personagem que dava as Boas Noites a todos os telespectadores há 25 anos! Aqueles que hoje andam na casa etária superior aos 30 devem lembrar-se, e bem, desta melodia: "Está na hora, da caminha, vamos lá dormir...". O Vitinho esteve no ar durante 10 anos, entre 1986 e 1997, na RTP. Começou como mascote de uma empresa alimentar, que decidiu produzir uma animação para televisão, utilizando este boneco e adicionando uma música que dizia às crianças que estava na hora de ir dormir. Entre 1986 e 1997 deram voz às músicas: • Boa noite, Vitinho! (1986) - Dulce Neves • Boa noite, Vitinho! II (1989) - Isabel Campelo • Boa noite, Vitinho! III (1991) - Eugénia Melo e Castro & LSO • Boa noite, Vitinho! IV (1992) - Paulo de Carvalho

Amor e Contra

Volto com este post às crónicas de Miguel Esteves Cardoso (MEC) em “A causa das coisas”. Algumas são de facto memoráveis e merecem-nos a atenção, como é o caso de “Amor”. Escreve então MEC “Mesmo que Dom Pedro não tenha arrancado e comido o coração do carrasco de D. Inês, Júlio Dantas continua a ter razão: é realmente diferente o amor em Portugal”. Ainda hoje é mais fácil dizer que gostamos de alguém, em vez de dizer que amamos alguém. O pudor que MEC descreve em relação ao incómodo fonético que é dizer “Eu amo-o ou eu amo-a”, continua a acontecer. O mesmo se passa para a palavra “amante”. Palavra de sentido simples que significa “aquele que ama”, tem para os portugueses um sentido malicioso, indecente ou de pouca vergonha. Ao longo desta crónica, MEC demonstra a grande confusão estabelecida entre amar e gostar, do amor com a paixão, e como se torna difícil a condição de se amar em Portugal. Para aquele autor “Estas distinções fazem parte dos divertimentos sérios das outras cultura

A Causa das Coisas

Muito antes de Nuno Markl, e da sua caderneta de cromos, o panorama satirizante dos hábitos e características dos portuguesa, nos ido de 80, estava a cargo de Miguel Esteves Cardoso. Começou pelas crónicas no Expresso e o seu humor irreverente levou à junção num livro de título “A Causa das Coisas”.  No fundo são crónicas que pretendiam, julgo ainda se manterem actuais a maioria delas, explicar as causas de tantas coisas do nosso país. Escreve na crónica, com o mesmo do livro, “A Cauda das Coisas” que “Em Portugal, ter amor às nossas coisas implica dizer mal delas, já que a maior parte delas não anda bem. Nem uma coisa nem outra constitui novidade. Nem dizer mal delas, nem o facto de elas não andarem bem. Será que se diz mal na esperança que elas se ponham boas? Também não. As nossas causas são sempre perdidas. Porquê então?”. Parece que ainda assim vamos continuando e para reforçar contínua” Desdenhar o que se tem e elogiar o que têm os outros, mas sem querer trocar, é a principal c

Colors of the Wind

Colors of the Wind "Hi!! :D We are a group of portuguese students that learn in School "Secundária /3 Rainha Santa Isabel" who are learning English for three years. We are in the 7th grade, class A!! We are a fantastic class with nice boys and girls!!We hope you like our blog! Enjoy it!!"

Presidenciais 2011

A campanha para as eleições presidenciais de 2011 tem sido, do ponto de vista da discussão daquilo que é a função presidencial, muito fraca. Centrou-se em assuntos paralelos à própria campanha e não no cerne da questão. Também é verdade que, porventura fruto da crise que o País atravessa, a mobilização é praticamente inexistente. Não se mobiliza para uma campanha e para uma luta política chamando à cena meia dúzia, seja por desinteresse seja por estratégia, e as várias candidaturas não têm conseguido mobilizar os portugueses, até mesmo aqueles que geralmente aparecem, nem que seja só para a fotografia. Porque faz falta uma campanha de mobilização e de discussão dos problemas e da função presidencial, para animar um pouco ….

Merecido

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José Mourinho continua a ser o "Special One". Eleito melhor treinador de futebol do ano pela FIFA, na última época conquistou "tudo" ao serviço do Inter de Milão. “Não sou mais um, penso que sou especial”. Esta é frase que em 2004 lhe valeu a alcunha de “Special One”. Mourinho junta o prémio FIFA, atribuído pela primeira vez, a muitos prémios, entre os quais melhor treinador, atribuídos por UEFA, Federação Internacional de História e Estatística do Futebol, Itália, Inglaterra e World Soccer. Esta afirmação, embora arriscada, veio a confirmar as potencialidades de Mourinho, e que Vilarinho um dia não percebeu. Quando a fez era o campeão europeu em título, pelo FC Porto, e ainda só tinha seis dos 17 títulos que viria a conquistar em 10 anos como treinador principal.

Causas Presidenciais

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… Mas há sempre uma candeia dentro da própria desgraça há sempre alguém que semeia canções no vento que passa. Mesmo na noite mais triste em tempo de servidão há sempre alguém que resiste há sempre alguém que diz não. A 23 de Janeiro seremos mais uma vez chamados a cumprir o dever cívico de eleger o Presidente da República. A democracia está em causa? Não. Poderia ter outra qualidade? Sim. Para quem acredita que a política deve ser feita de causas, que o Presidente da República deve ser um Homem de causas, alguém que conduza a candeia e resista à política fácil, alguém que quando é preciso Diz Não, então a escolha está feita. O que mais admiro em Manuel Alegre é a sua vitalidade e a sua combatividade de homem que acredita em causas. Manuel Alegre é importante na política como defensor de uma democracia mais qualitativa e menos dada a atropelos de princípios. O poder está nas nossas mãos e devemos exerce-lo a 23 de Janeiro. Com o voto em Manuel Alegre seremos, cada um, mais um

Bom 2011

A tradição de comer 12 passas e 12 pedir desejos na transição de cada ano, além da rapidez com que há necessidade de o fazer, parece não trazer grandes resultados, pelo menos para mim nunca dei por tal. Com os anos vamos refinando os nossos pedidos e poupando na quantidade de desejos, porque as passas essas são comidas até última. Mesmo não sendo grande adepto de tal tradição, a mesma serve para renovar a ideia de um futuro melhor. O passado de ontem é sempre pior que o de antes de ontem e estes desejos de novas “conquistas” para o novo ano servem, pelo menos, para o encarar com outra atitude, mais positiva. Geralmente os desejos que todos os anos vamos pedindo são os que a grande maioria das pessoas pede. Fui-me adaptando às circunstâncias e passei a pedir (para não fugir à tradição) um ou dois desejos, daqueles que são pessoais, e que às vezes também se estendem aos amigos e familiares. Os meus pedidos para 2011 são talvez sonhos. Mas também é preciso sonhar. Não custam um euro,