Discussão não é traição
Discussão e traição, embora com fonia semelhante, têm significado muito diferente e nem complementares são.
Não alinhar pelo mesmo diapasão e gostar de discutir os assuntos, chegando desta forma a conclusões muito mais ricas, não pode em política ser sinónimo de traição, muito menos do princípio democrático.
A democracia é isso mesmo. Discutir e cada um argumentar o melhor que conseguir para obter, através de um processo participativo, o melhor resultado. Estar todos de acordo, cultivando o culto do líder não é o melhor caminho. Não, definitivamente não é.
Como estaríamos hoje se Mário Soares ou Álvaro Cunhal, para citar só estes dois nomes, tivessem prestado culto a António Oliveira Salazar ou Marcelo Caetano? Estes dois políticos e muitos outros que no Estado Novo quiseram discutir política com o status quo são traidores do espírito democrático por terem discordado da prática então existente?
Então porque tentam alguns confundir alguns peões, servos de pessoas e não de ideias, que discussão é sinónimo de traição? Efectivamente é incompreensível que em plena democracia se confunda nalguns círculos políticos a discussão democrática com uma traição a princípios políticos ou ideológicos.
Não serão esses que não concordando com o culto do líder, cultivando antes o culto democrático da participação quem mais trabalha para a verdadeira afirmação democrática das ideias e dos princípios? A resposta é simples e é afirmativa. A diferença de opinião nunca pode ser confundida com traição. Cair nesse abismo reflecte a falta de argumentação e o medo de perder poder. Mas como tantas vezes o afirmei, o poder é efémero e uma mera ilusão.
Não alinhar pelo mesmo diapasão e gostar de discutir os assuntos, chegando desta forma a conclusões muito mais ricas, não pode em política ser sinónimo de traição, muito menos do princípio democrático.
A democracia é isso mesmo. Discutir e cada um argumentar o melhor que conseguir para obter, através de um processo participativo, o melhor resultado. Estar todos de acordo, cultivando o culto do líder não é o melhor caminho. Não, definitivamente não é.
Como estaríamos hoje se Mário Soares ou Álvaro Cunhal, para citar só estes dois nomes, tivessem prestado culto a António Oliveira Salazar ou Marcelo Caetano? Estes dois políticos e muitos outros que no Estado Novo quiseram discutir política com o status quo são traidores do espírito democrático por terem discordado da prática então existente?
Então porque tentam alguns confundir alguns peões, servos de pessoas e não de ideias, que discussão é sinónimo de traição? Efectivamente é incompreensível que em plena democracia se confunda nalguns círculos políticos a discussão democrática com uma traição a princípios políticos ou ideológicos.
Não serão esses que não concordando com o culto do líder, cultivando antes o culto democrático da participação quem mais trabalha para a verdadeira afirmação democrática das ideias e dos princípios? A resposta é simples e é afirmativa. A diferença de opinião nunca pode ser confundida com traição. Cair nesse abismo reflecte a falta de argumentação e o medo de perder poder. Mas como tantas vezes o afirmei, o poder é efémero e uma mera ilusão.