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A mostrar mensagens de outubro, 2010

O ano em que Maradona nasceu

1960 foi o ano em que nasceu aquele que é para muitos, a par de Pelé, um dos melhores futebolista de sempre, Maradona. Mas o que passava em Portugal, em termos desportivos, nessa época? O defesa benfiquista Ângelo pôde voltar a jogar após cumprir um ano de suspensão. O Sporting conseguiu a terceira vitória consecutiva no campeonato nacional de corta-mato. Nesse anos, pela primeira, um luso-brasileiro vestiu a camisola das quinas. Chamava-se Lúcio e actuava no Sporting. O Sporting foi campeão nacional de Basquetebol Pela 8.ª vez Portugal é campeão do mundo de hóquei em patins. O Benfica sagra-se campeão nacional de futebol, e ao longo de todo o campeonato sofre apenas uma derrota, na última jornada, em jogo disputado no estádio da luz frente ao Belenenses. O resultado foi de 1-2. E a classificação final foi: 1.º Benfica; 2.º Sporting; 3.º Belenenses; 4.º FC Porto; 5.º CUF; 6.º Académica; 7.º Guimarães; 8.º Leixões; 9.º Covilhã; 10.º Lusitano de Évora; 11.º Atlético; 12.º Braga; 13.º Set

Trova do vento que passa

Trova do vento que passa é um poema de Manuel Alegre, cantado por Amália ou Adriano Correia de Oliveira, que merece ser lido e que se faça sobre o seu "conteúdo" uma reflexão. Pergunto ao vento que passa notícias do meu país e o vento cala a desgraça o vento nada me diz. Pergunto aos rios que levam tanto sonho à flor das águas e os rios não me sossegam levam sonhos deixam mágoas. Levam sonhos deixam mágoas ai rios do meu país minha pátria à flor das águas para onde vais? Ninguém diz. Se o verde trevo desfolhas pede notícias e diz ao trevo de quatro folhas que morro por meu país. Pergunto à gente que passa por que vai de olhos no chão. Silêncio — é tudo o que tem quem vive na servidão. Vi florir os verdes ramos direitos e ao céu voltados. E a quem gosta de ter amos vi sempre os ombros curvados. E o vento não me diz nada ninguém diz nada de novo. Vi minha pátria pregada nos braços em cruz do povo. Vi minha pátria na margem dos rios que vão

Militância 2.0

João Nogueira Santos é um nome perfeitamente desconhecido para a grande maioria dos portugueses. Colado ao nome está um homem que o expresso, na sua edição de 16 de Outubro, deu a conhecer, assim como as suas ideias sobre a política. Há 2/3 anos num jantar de amigos e no meio de uma discussão sobre política, deu consigo a questionar-se sobre a sua geração, a sua participação na sociedade e a crítica aos partidos políticos. Para este homem, a sua geração (grosso modo dos 35 aos 50 anos) tem sido muito bem tratada pela democracia e deve muito aos partidos políticos. Embora poucos dessa faixa militem em algum partido, como podem então criticar os partidos se não participam. Em Fevereiro lançou no faceboock o movimento “Adere, vota e intervêm dentro de um partido. Cidadania e mudança” e conta já com mais de 3000 membros. Ao expresso diz considerar que os partidos estão esvaziados, desqualificados e funcionam em circuito fechado, pelo que defende o caminho inverso, o de adesão aos part

Será a crise uma oportunidade para pensar o futuro de forma colectiva?

O movimento cívico 'Cidades pela Retoma' pretende dinamizar a reflexão sobre o 'papel das cidades na retoma económica' e estimular a construção de uma 'agenda local para a retoma', um conjunto de iniciativas de 'baixo-custo' e 'alto valor acrescentado' (nos domínios da economia, tecnologias, arte/cultura, espaço público, mobilidade, ambiente, solidariedade), para animar a vida económica e social das nossas cidades (http://noeconomicrecoverywithoutcities.blogs.sapo.pt/ e http://www.facebook.com/CidadespelaRetoma). Para o desenvolvimento deste processo propõe-se uma metodologia com duas etapas. Numa primeira, irá procurar-se o inicio de uma reflexão sobre o tema, convidando especialistas reconhecidos na matéria para se perceber o potencial e limitações da abordagem. O debate arranca no Porto (nos próximos dias 20 e 21 de Outubro, no Clube Literário do Porto - http://www.acdporto.org/ ).  Poderá haver outros eventos, com o mesmo carácter, noutras

Vale a pena pensar

O meu amigo José Pardal enviou-me um mail, onde anexava um ficheiro pps, que trazia uma mensagem que não posso deixar de aqui sumariar. «Quando Winston Churchill, ainda jovem, acabou de pronunciar o seu discurso de estreia na Câmara dos Comuns, perguntou a um velho parlamentar, amigo do seu pai, o que tinha achado do seu desempenho. O velho parlamentar pôs a mão no ombro de Churchill e, em tom paternal, disse-lhe: “Meu jovem, acabou de cometer um grande erro. Foi brilhante no seu primeiro discurso e isso é imperdoável. Devia ter começado um pouco mais na sombra. Devia ter gaguejado um pouco. Com a inteligência que demonstrou hoje, deve ter conquistado, no mínimo, uns trinta inimigos. O talento assusta!”. Ali estava uma das melhores lições que o velho sábio pôde dar ao pupilo que se iniciava numa difícil carreira. Nunca será demais lembrar António Aleixo que dizia “ Há tantos burros mandando em homens de inteligência, que chego a pensar que a burrice é uma ciência”. A maior parte d

República

A República Portuguesa comemorou a 5 de Outubro de 2010 a bonita idade de 100 anos. Um século. À escala geológica ou da humanidade uma centena de anos são insignificantes, mas se olharmos para este século e tivermos como referência os estado democráticos, a situação altera-se radicalmente. Começa agora a conhecer-se um pouco mais sobre a implantação da República e aquilo que foi a gestão política na 1.ª República, fruto de um distanciamento temporal e de um aumento de interesse por aquele período da nossa história colectiva. Aquilo que foram as suas virtude, os seus defeitos e os factos que levaram à sua “enterro fúnebre”, com o golpe militar de 28 de Maio de 1926. A sua “morte” iniciou-se quando Machado dos Santos passou a criticar o caminho da recente criada República Portuguesa, e acentuou-se, quando em 1912, António José de Almeida e Brito Camacho fundaram, respectivamente, o Partido Republicano Evolucionista e o Partido Republicano Unionista, sendo o vazio ideológico foi o seu “